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Eu sou de outubro, formada em jornalismo, mas me apaixonei mesmo pelas imagens. Causa MOR a que dedico meus dias. A verdade é que eu vejo o mundo enquadrado, mas tem hora que as palavras querem gritar. Acho que esse pode ser, quem sabe, um meio prático para expressar essas palavras gritantes. É um lugarzinho pra gente falar do mundo e do prumo que as coisas estão tomando. Eu sei que não é fácil. Nunca é! Mas vamos dividir a agonia desse agitado cotidiano.

domingo, 24 de julho de 2011

Salve-se quem puder

       Criança tem que ser vista, antes de tudo, como GENTE, mas principalmente como criança.

Eu sei que a notícia não é quente, mas continua sendo atual a partir do momento que ela permanece nos rondando. Eu poderia falar também sobre o maior terrorista dos últimos tempos, o temido Osama Bin Laden. - que também já deixou de ser 'um furo' faz tempo,  mas resolvi  falar sobre outro tipo de terror. Aquele que agride a essência do ser humano.  Esse é sem dúvida o maior terrorismo que a humanidade vem enfrentando, porque ele é silencioso e não raras vezes  mora ao lado.
Eu emudeci quando vi uma matéria na televisão onde uma mãe aplicava na filha de oito anos  produtos contra o envelhecimento. Logo pensei nos filhos que tanto desejo  parir.  Pensei ainda: que mundo estamos vivendo? O que veremos nos telejornais daqui a 7, 8, 10 anos?  Porque é assustador ver uma notícia como essa. Mais lamentável ainda é saber que existem mães como essa, que agridem seus filhos, alimentando  valores tão distorcidos, tão desnecessários, quando deveriam  ensinar  valores morais,  já que esses não se modificam como colágeno.
Tá explicado porque mais da metade das mulheres não se vêem belas.  Agora eu entendo porque meus amigos homens comentam que mulher  está sempre insatisfeita. Porque a ditadura imposta pela beleza é mesmo cruel  e pelo visto nem as crianças estão escapando. 
A gente tem que ser magra- porque o mundo é dos magros, assim como é dos belos-, a gente tem que ser o melhor no trabalho, o melhor filho(a), o melhor marido ou esposa. A melhor mãe, pai e ainda malhar.  E se você dançar, ganha mais alguns pontos na carteira, acredite.
O mundo é complexo e o passar dos anos tem piorado essa realidade. Consequentemente as relações humanas também.  Parece que existe um vazio nas relações, uma superficialidade. Já percebeu que tem sempre algo de ausente que nos atormenta?  Já notou como é fácil ‘bater perna’ no shopping e como é difícil ler um bom livro, conversar com alguém mais velho e até mesmo se direcionar a Deus?
É mais fácil se enquadrar nos padrões. Dói menos do que ser diferente. E vamos combinar, é bem mais prático. 
Levei outro susto quando vi um único capitulo da nova novela das 7 e me deparei com uma mulher robô.  Ela surge pra substituir um amor e amenizar uma dor. O sujeito perde a mulher num acidente e inconformado cria uma cópia da sua amada. É espantosa a forma como o mundo moderno lida com as perdas. É mais fácill -porém não menos doloroso- viver uma ilusão, do que entender de uma vez por todas que perder faz parte dos ganhos e que isso faz parte da vida. Isso é viver.
Por fim, e voltando a 'mãe drasta ', desejo esquemas mais justos na geração da minha futura Malu.





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