Outro dia uma senhora que estava na luta contra um câncer, disse que na hora em que pegou o resultado dos exames, ao invés de se perguntar: “por que eu? Ela se perguntou: Por que NÃO eu?” Aquilo foi forte, foi gigante, foi bonito. Aquilo me fez pensar melhor em tudo. Em tudo mesmo!
Hoje eu perdi alguém que amo – como tantos que já perdi e outros tantos que me preparo para uma possível perda futura-
Quem partiu não foi o amor, o carinho, a amizade, o parente, o afeto, porque nada disso se vai com a morte. Também não estou triste com a morte, mas com a vida. Com a chance de telefonar que perdi, de ouvir e dizer. Com a visita que ficou adiada, a fotografia da formatura que não postei nos correios, o chocolate enfrente a TV na hora da novela. Os carinhos todos e as coisas que faltaram dizer. Isso eu garanto: Ta doendo à beça. Ta doendo e não é pouco.
Sinto-me baqueada pelas curvas que surgem de surpresa na vida da gente. To boba de ver como a gente vive mal, como deixa sempre pra amanhã o que pode e deve ser feito agora, porque amanhã pode ser tarde demais. E foi!


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